terça-feira, 24 de julho de 2012

3 dias num (big) post

Fiquei o final de semana sem escrever, mas sempre anotando mentalmente coisas pra postar aqui... E olha que tiveram coisas muito legais!

24° dia: 21 de julho, sábado
Por motivos aleatórios resolvi visitar a sua mãe. Me arrumei acho que vou fazer um rabo de cavalo... pra quê? é ele que acha bonito..., fui pro ponto e a hora que o 231 apontou minha perna amoleceu, acredita? quanto tempo eu não pego esse ônibus! foi estranho! Descer no ponto em frente ao prédio também foi super estranho foi nesse ponto que eu desci a primeira vez que a gente foi andar no parque, foi nesse ponto que eu desci tantas vezes pra te ver, foi nesse ponto que você descia comigo e a gente mandava beijos pra sua mãe olhando a gente lá de cima, foi nesse ponto que eu desci pra gente terminar naquela vez. No mesmo ponto eu tava descendo pra ir a sua casa, sem você, e ter que me apresentar na portaria pra um porteiro desconhecido foi mais estranho ainda antes eu conhecia todos e eles falavam "oi, Mariana! pode subir!". Apertar o 15º e ir sozinha no elevador. Quando estava no 13º mais ou menos, já dava pra ouvir o rádio ligado e eu sorri a mãe dele continua a mesma, e você sempre dizia "sua casa é tão silenciosa, a minha é tão barulhenta". Quando abri a porta, ela já estava com a porta aberta me esperando. Sério, tudo era diferente e tão igual. O cheiro da sua casa, as suas fotinhos de criança, a música alta, a vista que eu tanto admirei, o tapete fofinho da sala quantas lutinhas e cosquinhas a gente já fez naquele tapete, o sofá que a gente dormiu depois do natal de 2009. A visita foi cheia de sensações. Eu queria ter ido ao seu quarto, mas não sei porque não fui...

Bom, eu e ela ficamos conversando e só ao final da conversa decidimos falar de você. Parece que a gente tava fingindo que você não existia pra não tocar em feridas eu só pensava que tinha sido ali que você tinha tido a sua overdose, acho que por isso eu preferi não ir ao seu quarto., mas falando sobre o piso da sua casa (que o meu pai quer colocar igual) eu não aguentei e falei de quando ela encerava e eu não conseguia parar em pé de meia, e das vezes que caí e você riu de mim.
Foi aí que você apareceu e começamos a falar de você... Overdose, drogas, esperanças, companhias, a sua ida pra clínica chorei com a sua mãe quando ela disse que te levou e um interno bem belezinha veio te receber, alguém perguntou se você já havia almoçado, você disse que não e "ele foi e eu não o vi mais, Mari", os nossos sonhos... Foi bem bonito!
Lamentamos de eu realmente não poder ir te visitar, mas armamos um plano! Já que ela fala com você todas as quartas, essa quarta cedinho eu vou pra lá pra falar com você. Não sei como vai ser, o que eu vou dizer, se ela vai ficar do lado, se o seu padrasto vai ficar do lado, se eu vou falar sozinha com você... Não sei... Só sei que vou ouvir a sua voz e já sei que a minha perna vai amolecer.
Fui embora sorrindo muito e encontrei o Gualtiero (é assim o nome dele?), quando estava saindo do prédio, que fez uma cara de assustado quando me viu... haha há quanto tempo eu não ia para o ponto sozinha...


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Em casa, separando roupas para doar, encontrei 3 peças suas... Minha mãe falou pra eu devolver pra sua mãe na quarta, e eu falei que não. Que vão ficar na sua gaveta. Ela riu e me abraçou.
Mais tarde ela contou isso pro meu pai e ele riu também, disse que a gente não tem jeito mesmo.

25° dia: 22 de julho, domingo
A missa foi linda! Maravilhosa! Abertura das organizações pra Jornada de 2013. Falou sobre sermos pastores de almas na Terra e meu pai apertou a minha mão. Não sei se pensou em você também, mas acho que sim...

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À tarde teve o Bote Fé lá no Parque... Fomos andando daqui do Santuário até a Matriz, depois até o parque... se a gente namorasse certeza que a gente teria ido a missa, depois ido de carro pra sua casa, almoçado, deitado e só quando vissemos as pessoas chegando é que desceríamos, mas como estava sozinha, lá fui eu com o pessoal Foi legal, mas eu fui embora mais cedo. Meus pais foram me buscar e eu vi a sua mãe lá em cima.. Mandei um beijo pra ela e entrei no carro.

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Tia Marcinha e a Sá vieram dormir aqui em casa. A Sá disse que te adorava...

26° dia: 23 de julho, segunda-feira
Fui com elas ao shopping comprar um presente de aniversário para o Vovô Vitor e quando passamos em frente a loja que você trabalhava eu fiquei com medo de alguém me ver e rir... Meus traumas!

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Depois que eu e a minha mãe voltamos da casa da vovó Nina, à noite, eu falei com a Jessika! Estamos colegas, sabia? Ela disse que escreveu uma carta pra você, pra eu levar na visita, mas eu não sei porque, mas não tive coragem de falar que não vou mais.
Vou dar um jeito de pegar com ela e levar pra sua mãe...


Depois disso tudo, voltei a sentir vontade de que você volte logo.

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