Depois de uma noite em claro, vomitando e sentindo fortes dores de cabeça depois dos pesadelos de poucos minutos de sono, estou no colégio, colocando minha máscara de alegrias pois os meus pequenos nada tem a ver com as minhas dores.
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Senhor, por que comigo?
Eu estava aprendendo que não podia ser tão egocêntrica e nem estava mais questionando o motivo das coisas, mas fazendo como Sua Mãe: estava em uma profunda fase de silêncio e aceitação. Até mais que isso, fé! Uma fé nas coisas boas que viriam (e até podem vir) nesse mês. No homem novo que o Gustavo se tornará e será para nós.
Mas ontem tudo foi abalado. Senhor, eu nunca fiz nada de errado no relacionamento que eu tanto esperei! Confiei até o último minuto, acreditei em seus olhos, mesmo quando ele mesmo me dizia que uma das consequências das drogas que um dia havia usado, era que ele aprendeu a mentir.
Como superar a dor, Jesus? Mostre-me, Senhor, o motivo de tudo isso. Aonde estão as Tuas mãos nessa história toda, que já era para ter passado, mas eu bati os meus pés e resolvi esperar?? A tola sou eu?!
Não digo que voltei à estaca zero, pois a esperança ainda existe de que não só ele e seus vícios sejam mudados, mas que também o seu caráter, mas os sonhos, Jesus... Os sonhos ficaram para lá mais uma vez. Sumiram como pó quando eu comecei a ler tudo que acontecia desde muito tempo, mas que novamente eu não enxergava. Sim, a tola sou eu.
E ela, Senhor, ainda colocou para todo mundo ver que eu "não tenho senso do ridículo", por desabar meu coração dilacerado. Não estou no meu direito? Quantas pessoas já riram de mim nesse tempo todo... A namorada que acha que tem o namoro perfeito... Pobre coitada!
Dai-me todo o dissernimento possível, meu Jesus. Para não olhar somente para trás e dar um voto de confiança à vida, mas para não olhar somente para o que virá e me tornar cega do passado.
Se todo esse sofrimento for para amenizar suas dores na Cruz, que eu sofra, que eu diminua, para que somente Tu cresças, Amado Cristo.
Amém
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